Um basta à perpetuação do racismo
De acordo com Viviane da Soledade, Chega de Saudade! se faz crítico ao racismo não exclusivamente por sua dramaturgia, mas pela proposta cênica que vai se estruturando a partir das corporeidades negras e da evocação de suas culturas.
Conjugação entre (supostas?) oposições
Janaína Leite desconstrói a representação e, ao mesmo tempo, adere ao mascaramento. Coloca-se, diante da plateia, “sem personagem”. mas, inevitavelmente, interpreta o papel da filha.
Um Hamlet sem subserviência
Sob a condução da diretora Chela De Ferrari, os atores, portadores de Síndrome de Down, se afastam de interpretações consagradas, tanto no que se refere ao texto de William Shakespeare quanto ao modo de representar os personagens.
Desdobramento tropical do universo de Jarry
Mesmo sem concretizar inteiramente a sua ambição como comédia, a montagem valoriza uma teatralidade composta por elementos básicos – característica que tende a suscitar simpatia – e proporciona ao espectador carioca se deparar com uma expressiva amostra da cena de Natal.
Descontrole sob total controle
Em interpretação irrepreensível, Rosana Stavis volta a investir, ao lado de Marcos Damaceno, em transposição teatral do universo do escritor Thomas Bernhard.
Uma comédia interrompida antes do fim
Ao requisitar o drama, numa brusca mudança de tom, para chamar atenção para uma temática bastante séria, o dramaturgo Matías Del Federico parece considerar a comédia como campo limitado. Mas Baixa Terapia tem o mérito de levar uma significativa quantidade de espectadores ao teatro.