Uma maratona impessoal
Lucio Mauro Filho em 5 X Comédia (Foto: André Gardenberg) O projeto da primeira versão de 5 X Comédia, realizada em meados da década de 1990, remetia, devido à escalação de autores e atores, a iniciativas teatrais responsáveis pela revitalização do humor entre os anos 1970 e 1980, como o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, […]
Tempo Festival investe em atividades formativas
Cena de A Classe Morta, espetáculo de Tadeusz Kantor (Divulgação) O recém-encerrado Tempo Festival não ofereceu ao público um apanhado impessoal da cena contemporânea. Diferentemente, investiu num recorte – o teatro polonês –, valorizado não “só” por meio da apresentação de espetáculos como de iniciativas formativas, a exemplo das palestras do diretor, autor e artista […]
Coerência e contraste
Depois de Incêndios, o dramaturgo libanês Wajdi Mouawad confirma, em Céus, a determinação em reler a tragédia grega à luz da contemporaneidade. Essa influência não se manifesta tão-somente nos desdobramentos extremados das relações entre pais e filhos destacados nesse texto, centrado nos esforços de uma equipe – formada por Blaise Centier, Charlie Eliot Johns, Vincent […]
A descoberta do mundo
Pedro Brício, Renato Linhares, Isabel Gueron, Inez Viana e Thiare Maia Amaral em Nu com Botas (Foto: Renato Mangolin) A versão teatral de Nu com Botas, que encerra temporada no Teatro III do Centro Cultural Banco do Brasil no próximo domingo, preserva o que parece ter sido a intenção principal de Antonio Prata em seu […]
Clássico sem sinais de reverência
Dani Lossant apresenta uma releitura dessacralizada de Romeu e Julieta, peça de William Shakespeare, no espetáculo que encerra hoje a temporada no Teatro Ipanema. Trata-se, na verdade, uma nova visita ao mesmo texto encenado pela diretora há dez anos dentro do ambiente universitário. O investimento numa proposta distante do respeito tradicional ao material original, mas […]
A síntese do excesso
Aline Fanju e Erom Cordeiro em Decadência (Foto: Paula Kossatz) Os personagens do texto do dramaturgo inglês Steven Berkoff são excessivos. O autor apresenta-os como símbolos de uma aristocracia arrogante e hipócrita, compulsivos nas relações sexuais imediatistas e no uso de drogas, amorais, corrompidos, irremediavelmente decadentes – como anuncia o título da peça, escrita no […]