
Corajoso investimento no cinema autoral
Logo no início da 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes, destinada, em boa parte, a filmes que não fazem concessões ao mercado, uma pergunta se impôs: “onde vão parar os filmes exibidos na Mostra?”

Império do desejo
Apesar de não se libertar de uma estrutura, até certo ponto, tradicional, Ricardo Alves Jr. assina um filme protagonizado por corpos ardentes e valoriza tanto as imagens explícitas quanto a ausência delas.

Desafios de um cinema à margem do sistema
A Mostra de Cinema de Tiradentes permanece fiel à valorização de um cinema contemporâneo autoral, inventivo e eventualmente experimental,

Cinema da familiaridade e do afeto
Criações recentes de André Novais Oliveira, o curta Roubar um Plano (realizado com Lincoln Péricles) e o média Quando Aqui evidenciam um cinema de travessias geográficas e temporais.

Um retrato (quase) transparente
Dificilmente a plateia conseguirá desvendar Viviane de Cassia Ferreira já na cena inicial, marcada por uma conversa sobre graus de consciência em meio a citações de Nietzsche. O desenho dela vai ficando mais nítido ao longo da projeção desse filme vencedor da Mostra Aurora na última edição da Mostra de Cinema de Tiradentes.

Uma tragédia em (expressivo) tom menor
Um certo contraste entre o nítido e o nebuloso chama atenção em A Tragédia de Macbeth, versão de Joel Coen para a célebre peça de William Shakespeare. Os personagens frequentemente surgem e somem na névoa, recurso estético que realça que há muito de enganoso na diabólica trama impulsionada pelo casal Macbeth, que não hesita em […]