Prêmio Shell anuncia indicados
Reunindo os espetáculos apresentados entre 1 de janeiro e 31 de março de 2020 e 1 de abril e 31 de dezembro de 2022, o Prêmio Shell anunciou os indicados. Contemplou uma variedade de encenações, com destaque para Sem Palavras, espetáculo de Marcio Abreu, e Ficções, encenação de Rodrigo Portella. Mudança importante, a categoria Inovação passa a se chamar Energia que vem da Gente. O júri do Rio de Janeiro é formado por Ana Luisa Lima, Biza Vianna, Leandro Santanna, Patrick Pessoa e Paulo Mattos.
Dramaturgia:
Henrique Fontes e Vinicius Arneiro (Peça de Amar)
Gilson Barros (Riobaldo)
Cecilia Ripoll (Pança)
Elisandro de Aquino (Eu Amarelo)
Rodrigo Portella (Ficções)
Marcio Abreu e Nadja Naira (Sem Palavras)
Direção:
Renata Tavares (Nem Todo Filho Vinga)
Enrique Diaz e Marcio Abreu (O Espectador)
Rodrigo Portella (Ficções)
Paulo de Moraes (Neva)
Marcio Abreu (Sem Palavras)
André Paes Leme (A Hora da Estrela ou O Canto da Macabéa)
Ator:
Reinaldo Junior (O Grande Dia)
Milton Filho (Joãosinho e Laíla: Ratos e Urubus, Larguem Minha Fantasia)
Cridemar Aquino (Joãosinho e Laíla: Ratos e Urubus, Larguem Minha Fantasia)
Gilson Barros (Riobaldo)
Fábio Osório Monteiro (Sem Palavras)
Mario Borges (A Última Ata)
Atriz:
Ana Carbatti (Ninguém Sabe Meu Nome)
Vera Holtz (Ficções)
Vilma Melo (Mãe de Santo)
Andrea Beltrão (O Espectador)
Vitória Jovem Xtravaganza (Sem Palavras)
Vini Ventania Xtravaganza (Sem Palavras)
Cenário:
J.C. Serroni (Morte e Vida Severina)
André Curti e Artur Luanda Ribeiro (Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes)
João Marcelino (Candeia)
Bia Junqueira (Ficções)
Cachalote Mattos (Turmalina 18 – 50)
Erick Saboia e Marcio Meireles (Do Outro Lado do Mar)
Figurino:
Wanderley Gomes (Vozes Negras: A Força do Canto Feminino)
João Pimenta (Ficções)
Ticiana Passos (Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes)
Julia Vicente e Gabriel Vieira (Peça de Amar)
Marie Salles (O Espectador)
Iluminação:
Cesar de Ramires (Morte e Vida Severina)
Artur Luanda Ribeiro (Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes)
Gabriel Fontes Paiva e André Prado (Um Precipício no Mar)
Alexandre Gomes (A Jornada do Herói)
Maneco Quinderé (Neva)
Fernanda Mantovani (Caim)
Música:
Jorge Maya (Luiza Mahin… Eu Ainda Continuo Aqui)
Itamar Assiere (Morte e Vida Severina)
Chico Cézar (A Hora da Estrela ou O Canto da Macabéa)
Ananda K (Candeia)
Claudia Eliseu e Wladimir Pinheiro (Vozes Negras: A Força do Canto Feminino)
Azullllll (Cão Gelado)
Energia que vem da Gente:
Companhia Cria do Beco, baseada no Complexo da Maré, pelo espetáculo Nem Todo Filho Vinga, que traduz para a contemporaneidade de modo complexo e eletrizante o conto Pai contra Mãe, de Machado de Assis, possivelmente o maior libelo antirracista da história da literatura brasileira.
Associação de Produtores de Teatro (APTR), pela campanha de arrecadação realizada durante a pandemia, que ajudou inúmeros profissionais do teatro a sobreviverem materialmente, e também por ter sido fundamental na luta para a aprovação no Congresso Nacional das leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc.
Cia. de Mystérios e Novidades, por fomentar há 40 anos um teatro marcado pela diversidade e multiplicidade e, mais recentemente, por ter criado sua Escola Sem Paredes, um complexo de espetáculos, performances, cortejos, intervenções urbanas, exposições, aulas, seminários, oficinas e atividades socioculturais fundamentais para a ocupação do território da zona portuária do Rio de Janeiro e para o enriquecimento do calendário cultural da cidade.
Pandêmica Coletivo, por seu pioneirismo em criar uma plataforma online durante a pandemia, possibilitando a colaboração continuada entre artistas de diversas partes do Brasil, a experimentação de novos recursos na produção teatral online e difusão desses novos trabalhos.
Revista Questão de Crítica, por ter contribuído para o fortalecimento das ações online criadas durante a pandemia, estimulando o debate sobre novas possibilidades estéticas abertas por esse novo modo de produção teatral, e também por ter sido, ao longo de 15 anos de existência, decisiva para o fomento do pensamento crítico nas artes cênicas brasileiras.
Projeto Que boca na cena?, por ter realizado transmissões virtuais de espetáculos para fomentar a distribuição de renda para profissionais da cultura durante a pandemia e, nesse processo, por ter se firmado como importante espaço de uma prática antirracista continuada, que amplifica o alcance de trabalhos de artistas negros e periféricos.