Cena de Pagliacci, o espetáculo mais indicado no Prêmio do Humor (Foto: Pablo Barbuto)
Determinados prêmios de teatro são norteados pela valorização de certos gêneros ao invés da ambição de uma cobertura integral da cena. São os casos do Prêmio do Humor – que, como o próprio nome indica, é voltado para comédias – e do Prêmio Reverência – concebido com o intuito de destacar o musical. O primeiro, criado pelo ator Fabio Porchat, acaba de anunciar os indicados de sua segunda edição. O júri formado por Aloísio de Abreu, Antônio Pedro Tabet, Bemvindo Siqueira, Rafael Teixeira e Sura Berditchevsky contemplou Pagliacci, espetáculo da companhia La Mínima, em todas as categorias. O segundo, a cargo da produtora Antonia Prado, divulgou os premiados de sua terceira edição em cerimônia apresentada pelos atores Lucio Mauro Filho e Tiago Abravanel, no último dia 5, no Teatro Bradesco. Les Misérables, espetáculo de Laurence Connor e James Powell, saiu vitorioso, apesar de My Fair Lady, na versão de Jorge Takla, ter recebido o maior número de estatuetas.
Além de priorizarem gêneros específicos, os prêmios têm outras particularidades. O Reverência reúne produções do Rio de Janeiro e de São Paulo e é avaliado por um júri composto por integrantes das duas cidades – Abel Rocha, Ana Botafogo, Claudia Hamra, Daniel Schenker, Janice Botelho, Kika Sampaio, Lucia Camargo, Macksen Luiz, Maria Luísa Barsanelli, Miguel Arcanjo Prado, Mirna Rubim, Rafael Teixeira, Tania Brandão, Ubiratan Brasil e Wellington Nogueira. O júri é dividido em duas partes: uma escolhe os indicados e a outra, os vencedores. O do Humor concentra as indicações num número reduzido de categorias e reúne atores e atrizes numa única (performance).
Indicados ao Prêmio do Humor:
Peça – Karaokê – O Monólogo, Minha Vida em Marte, [nome do espetáculo], Pagliacci, A Produtora e a Gaivota, Sterblitch não tem um Talk Show
Direção – Chico Pelúcio (Pagliacci), Susana Garcia (Minha Vida em Marte), Tauã Delmiro ([nome do espetáculo])
Performance – Alexandre Lino (O Porteiro), Carla Candiotto (Pagliacci), Eduardo Sterblitch (Sterblitch não tem um Talk Show), Evelyn Castro (Karaokê – O Monólogo), Fernando Sampaio (Pagliacci), Ingrid Klug ([nome do espetáculo]), Jefferson Schroeder (A Produtora e a Gaivota), Mônica Martelli (Minha Vida em Marte)
Texto – Jefferson Schroeder (A Produtora e a Gaivota), Luís Alberto de Abreu (Pagliacci), Mônica Martelli (Minha Vida em Marte)
Categoria Especial – Caio Scot, Junio Duarte, Carol Berres, Luísa Vianna e Tauã Delmiro, pela versão brasileira do texto e das canções de [nome do espetáculo], Fernando Sampaio e Domingos Montagner pela concepção de Pagliacci, transpondo uma ópera clássica para o universo circense, Rodrigo Geribello, pelo trabalho de sonoplastia vocal em A Morte Acidental de um Anarquista
Laila Garin, melhor atriz no Prêmio Reverência (Foto: Felipe Panfili)
Vencedores do Prêmio Reverência:
Espetáculo – Les Misérables
Direção – Jorge Takla (My Fair Lady)
Ator – Paulo Szot (My Fair Lady)
Atriz – Laila Garin (Gota d’água [a seco])
Ator Coadjuvante – Ivan Parente (Les Misérables)
Atriz Coadjuvante – Andrezza Massei (Les Misérables)
Autor – Fernanda Maia (Lembro Todo Dia de Você)
Cenário – Rogério Falcão (Cinderella)
Figurino – Fabio Namatame (My Fair Lady)
Iluminação – Maneco Quinderé (Cinderella)
Direção Musical – Alfredo Del-Penho e Beto Lemos (Auê)
Coreografia – Tania Nardini (My Fair Lady)
Design de Som – Tocko Michelazzo (My Fair Lady)
Categoria Especial – Elenco da Cia. Barca dos Corações Partidos por Suassuna – O Auto do Reino do Sol e Auê